sábado, 24 de outubro de 2009

Moody's vibes

- Ela parece confusa sobre se você e a mãe dela ainda estão juntos ou não.

- E não estamos todos?

- Ah, bem, é uma pena. Eu adoraria te arranjar alguém, um dia desses.

- Ah, eu agradeço a intenção, mas isso é uma causa perdida.

- Ah, é? Por quê?

- Bem, é meio que a minha punição, sabe? Jantar, bebidas, Deus sabe mais o quê. Mesmo não estando muito interessado, acabo dizendo o quão bonita ela é. Porque é a verdade. Todas as mulheres são, de uma forma ou de outra. Sempre tem alguma coisa em cada uma de vocês. Um sorriso, uma curva, um segredo. Vocês, senhoritas, são de fato as criaturas mais incríveis. O trabalho da minha vida. Mas aí chega a manhã seguinte. A ressaca. E o pensamento de que eu não estou tão disponível quanto eu achava que estava na noite anterior. E aí ela se vai. E aí eu sou assombrado por outro caminho não percorrido.

- Nossa, estou impressionada. Você parou com a palhaçada por um momento e falou algo de verdade.

- Eu faço isso, às vezes. Mas nunca tem como saber quando. Tem que prestar atenção.



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Quantos Hanks você conhece que fazem, mas não dizem, isso? Quanto os caminhos não percorridos o assombram?

Sabe... o melhor presente que o nosso discurso pode ganhar é o discurso de outrem.
Em algumas línguas, os substantivos fazem declinações de acordo com o tempo e com a sintaxe.

Só uma língua dessas poderia traduzir hoje o que eu estou sentindo: Ai, que saudade de mim no passado.

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