sexta-feira, 24 de julho de 2009

Zéfini, C'est fini

Para não ter que repetir as mesmas explicações a cada um, resolvi dizer aqui em alto e bom (?) texto o que está havendo.

1- Sim, este blog será (foi) excluído.

2- Sim, isso significa que eu não vou mais publicar meus textos aqui.

3- Não, isso não significa que vou parar de escrever.

4- Não, eu não vou explicar os meus motivos para ter feito isso.

5- Ler algum clássico da Literatura vai valer bem mais a pena.


De qualquer modo, quero agradecer a todos que leram isso aqui durante todo o tempo e que vieram perguntar o que havia acontecido. Obrigada por todos os comentários atenciosos, dialogando com as minhas ideias e contribuindo para a mudança do meu universo.
Não quero parecer arrogante (embora eu seja) e digo que valorizo extremamente a atenção de vocês para com minhas linhas sempre muito pessoais e capengas. Salvei e arquivei com carinho todos os textos e comentários (e isso é verdade, apesar da arrogância).

Encontramo-nos no Twitter, Gtalk, Orkut e MSNs da vida. Ah, também recebo cartas (Beijos, Beckman).


Tudo acaba um dia. Até Dercy morreu.


Amplexos e ósculos.



terça-feira, 21 de julho de 2009

Hermes

Aos bons mensageiros.


Sábado era mais um daqueles dias em que você acorda e pensa: "Não parece uma boa ideia tirar o pijama". E você mesmo resolve concordar com isso, e assim passa o resto do dia dentro de seu pijama com ursinhos estampados, sem tomar banho e grudado em qualquer coisa da casa que lhe propicie a confortável posição horizontal.

Alguém pate à porta. "Ai, não vou lá".
Bate novamente.

Era o carteiro, com um pacote na mão, querendo uma assinatura.

Dentro do pacote havia logo de flagrante: um livro de capa branca inconfundível. Era um Hilda. Era "A Obscena Senhora D." e não precisava nem parar para pensar em quem havia remetido o presente. "Florianópolis -SC".

A internet trouxe para a nossa geração diversas mazelas, as quais nem vale citar (preguiça mode ON).
A mim, a internet trouxe amigos "desconhecidos" que me salvam de mim em tardes a 10 metros de merda abaixo do fundo do poço.
Porra! Se alguém que nunca me viu na vida reservou um bom tempo da sua (e dinheiro) para comprar um livro de uma autora que VENERO e me escrever uma ADORÁVEL carta em pleno século XXI, tempo em que o coração do outro sempre só está cheio de si mesmo, essa ferramenta pode servir para algo de últil.
Como alguém tão culto, sensível, amante da ciência, das boas artes e da música reserva isso tudo a você?

A intertet torna possível a união de almas pares, ímpares, que estão dissolutas nesse mundo demente.

Obrigada, internet.
Obrigada, carteiro.

Obrigada, Beckman.


E a felicidade do domingo foi não ter nascido em Rondônia. E tem também gosto de Amarula, som de Roberto Carlos e sorriso discreto.

Além de carteiros, é ótimo receber visitas de verdade em casa em segundas tarde da noite. E ir dormir com cheiro que não é seu, mas que você conhece muito bem. E gosta tanto.