quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desmemoriados

Apaga-se a luz, o lápis, a tatuagem.

Apagam-se as velas, os números,

os recados, mensagens, poemas,

os cordéis desencantados.


Apagam-se as horas, respiros, zunidos,

risos.

Os conjuntos sem interseção.


Apagam-se as rosas,

as vermelhas, as brancas.

Apagam-se as palavras de malabares,

os bares, as sutilezas, afeição.


Apagaram-se os verbos no futuro,

do presente, eram presentes.

Ausentes.


Apega-se e não se apaga.

Por mais que se apaguem as coisas,

as lousas, as luzes.


Não se apagam.

E não se acabam.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sidarta era um budistazinho que questionava sobre a vida, o prazer o universo e tudo o mais? Budista?
Faz favor.

A gente não conhece nada da cultura oriental e quando a gente vê, os budistas são nada mais do que estóicos de roupinha estampada.

Tudo bem. Quero ser budista com roupa de shopping e não me diga que não me apegue aos bens materiais, neguinho.
O mais nocivo bem ao qual a gente pode se apegar e que nos pode causar prejuízos tremendos é outro ser humano.
As roupinhas ficam lá no guarda-roupa só esperando para serem usadas. E se tiver em outra estação, elas também não reclamam. Entendem que é a vez das outras.

Maravilha de livre arbítrio, hein?

Maravilha de gente.