Adendo: Este é um texto SUBJETIVO, como aqueles que não podemos escrever na academia.
O que é língua, linguística, linguística geral, aplicada, histórica, diacrônica...? céus! Qualquer coisa que você responda pode ser rechaçada de alguma forma, por alguma corrente teórica, filosófica agh. E queira Deus que você escolha a preferida do professor que lhe perguntou.
Quem sou eu? Só vou poder escrever algo decente quando estiver a par de todos os ruídos acadêmicos sobre todos os conceitos acadêmicos? O que eu faço enquanto isso nos Congressos dos quais tenho que participar obrigatoriamente? (para continuar sendo remuneradamaravilhosamente pelos órgãos do governo que nos pagam para fazer este mundo menos torpe e estagnado)
O caráter transitório do conhecimento e da ciência é consenso entre os coerentes, é presente nos discursos de todos os que possuem seus títulos universitários. Apesar disso, o que se vê em seus procedimentos, modos de tratar os assuntos e, sobretudo, os alunos, é que o conhecimento pode ser detido, fotografado, esgotado. Escopo?
Assim como o rio do meu último texto, todos os temas acadêmicos possuem milhares de transversalidades tanto disciplinares quanto interdisciplinares com outros. Como algum ser humano pode se sentir capaz de esgotar um tema desses se ignora tantos desses vieses que o tangem?
De uma hora para outra, se perde a segurança até de citar algum autor - quem sabe ele já não estará fora de moda entre os professores doutores cooperativistas provincianos da sua universidade? Who knows?
Eu espero um dia voltar a escrever um texto acadêmico como os meus primeiros: que suscite menos respostas e mais perguntas.
A academia, para as ciências humanas, serve para fazermos sempre melhores perguntas do que as de antes, que atendam à fome do nosso tempo, não para responder caquéticas interrogações que só têm a ver com quem quer manter o conhecimento num ostracismo muito conveniente. Para eles, óbvio.
Sinceros desabafos,
Ana Bolena.
Quem sou eu? Só vou poder escrever algo decente quando estiver a par de todos os ruídos acadêmicos sobre todos os conceitos acadêmicos? O que eu faço enquanto isso nos Congressos dos quais tenho que participar obrigatoriamente? (para continuar sendo remunerada
O caráter transitório do conhecimento e da ciência é consenso entre os coerentes, é presente nos discursos de todos os que possuem seus títulos universitários. Apesar disso, o que se vê em seus procedimentos, modos de tratar os assuntos e, sobretudo, os alunos, é que o conhecimento pode ser detido, fotografado, esgotado. Escopo?
Assim como o rio do meu último texto, todos os temas acadêmicos possuem milhares de transversalidades tanto disciplinares quanto interdisciplinares com outros. Como algum ser humano pode se sentir capaz de esgotar um tema desses se ignora tantos desses vieses que o tangem?
De uma hora para outra, se perde a segurança até de citar algum autor - quem sabe ele já não estará fora de moda entre os professores doutores cooperativistas provincianos da sua universidade? Who knows?
Eu espero um dia voltar a escrever um texto acadêmico como os meus primeiros: que suscite menos respostas e mais perguntas.
A academia, para as ciências humanas, serve para fazermos sempre melhores perguntas do que as de antes, que atendam à fome do nosso tempo, não para responder caquéticas interrogações que só têm a ver com quem quer manter o conhecimento num ostracismo muito conveniente. Para eles, óbvio.
Sinceros desabafos,
Ana Bolena.
2 comentários:
Não sabia que você tinha mudado de nome... rs.
Saudades de tu, acadêmica.
Não que eu discorde, até porque eu vivo zombando dos 'academicismos' da minha área. Mas não tem espaço aí pra todo mundo? Se as correntes não se batem, que convivam junto e amém!
Sei que temos que jogar o jogo da nossa universidade, mas como há mais opções de lugares pra publicar, ao menos há umas opções a mais neste jogo
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