Les Affinités électives, René Magritte, 1933
Eu tenho corações fora do peito
Espalhados pelas partes do mundo
Meus pedaços de peito, espelhados
Eu tenho um coração bem aqui
Cravado no peito, batendo na palma da mão
Eu tenho versos livres nas mãos
Saindo da gaiola
Passeando lá fora
A água sempre escapa
Ente os dedos da nossa mão
No meu peito, balas de canhão
Atirando lá, cá, ali, longe
O meu próprio peito
Vazias minhas mãos
Quantos corações fora do peito
Vale a palavra liberdade?
Saudade
Eu que não quero esquecer
No meio do caminho
O meu caminho
O meu coração
Um comentário:
"Quantos corações fora do peito
Vale a palavra liberdade?
Saudade"
Nenhum, eu acho.
;*
Postar um comentário