Apaga-se a luz, o lápis, a tatuagem.
Apagam-se as velas, os números,
os recados, mensagens, poemas,
os cordéis desencantados.
Apagam-se as horas, respiros, zunidos,
risos.
Os conjuntos sem interseção.
Apagam-se as rosas,
as vermelhas, as brancas.
Apagam-se as palavras de malabares,
os bares, as sutilezas, afeição.
Apagaram-se os verbos no futuro,
do presente, eram presentes.
Ausentes.
Apega-se e não se apaga.
Por mais que se apaguem as coisas,
as lousas, as luzes.
Não se apagam.
E não se acabam.
3 comentários:
Oi blogueira.
<3
Sentimentos verdadeiros não se apagam nunca, e restam em saudades.
É como uma lanterna com uma pilha infinita. Eu sei, sei bem como é.
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