Relações que começam e que terminam no carnaval são o tema de uma matéria que uma conhecida vai fazer.
Ela disse: - Se conhecer alguém que começou a namorar ou terminou o namoro neste carnaval, me avisa.
Respondi que minha vontade era não apresentar ninguém que se encaixasse no segundo caso; imagino sempre que terminar coisas - relações de qualquer natureza, sobretudo - destoa de carnaval, que é tempo de celebrar.
Oficialmente, o carnaval começa no sábado, o Sábado de Zé Pereira. O Sábado de Zé Pereira começou a ser chamado assim ainda no Brasil Colônia, quando grupos de portugueses saíam às ruas tocando grandes tambores e anuciando o começo do Carnaval. Esse grupos ficaram conhecidos como Zés Pereiras, segundo a informação do Acerto de Contas.
Extra-oficialmente (isso ainda tem hífem?), sabemos que, em Recife/Olinda, o carnaval começa bem antes disso. Pelos idos de dezembro, já podemos ir para as prévias nas ladeiras olindenses, cheias de gente feliz, com o espírito livre de folião prematuro. Não há palavra que mais combine com carnaval do que liberdade.
A oficialização das datas e nomes para referências é mesmo importante para que se estabeleçam parâmetros, que se ordenem os fatos (sumidiços fatos datas o tempo envolto em visgo), que se marquem os compromissos, se agendem os eventos. No sábado de Zé Pereira, por exemplo, sai o Galo da Madrugada em Recife; os vários blocos em Olinda; tem também show sagrado de sábado de Lenine. É no sábado que se pensa, "enfim, é carnaval".
Um amigo tem uma interessante superstição (levo sempre uma hora para conseguir escrever essa palavra corretamente) de que o que acontece no primeiro dia do ano está marcado para acontecer o ano inteiro. É uma ingênua crença, é claro, como todas as outras, que dependem da fé do supersticioso para vingar ou não.
Mas... não foi mesmo Deus que disse em algum lugar que a fé move Montanhas?
O que acontece no primeiro dia de carnaval acontece também o ano todo.
Isso não foi Deus quem disse não.
E tenho fé.
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