quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Fraude explícita explica

Cursando uma disciplina de Psicologia da Educação, cuja ementa é o desenvolvimento psicossocial, tenho lido, visto, ouvido e pensado sobre as coisas de Freud.

Anco Márcio (reverência) diz que não acredita em três coisas: seminário, Papai Noel e psicanálise.

Como sabemos todos, o tio Freud é chamado de pai da psicanálise e, cá pra nós, não tem palavra que mais se pareça com o Sigismund do que PAI. O foco aqui não é esse, senão passaria a vida falando de como eu penso que ele deveria ser o pai do machismo e não da psicanálise, whatever.

O fato é que essa coisa de terapias psíquicas têm rondado a minha vida constantemente durante os últimos tempos, por todos os lados. E depois de decidir que não vou vender minha alma por uma hora e meia mensal batendo papo com uma tiazona, pergunto a meu professor (que é psicólogo também, reflitão), com toda a falta de noção com a qual às vezes encaro esta bestialidade social: "- Afinal de contas, terapias psíquicas ou psicanalíticas servem pra quê? Freud acreditava na cura através do blá-blá-blá terapêutico?" (Sim, eu disse quase isso).

O professor riu, e disse que o próprio Freud perdeu o entusiasmo e no fim das contas nem acreditava mesmo na cura através da análise, devido à falta de sucesso de muitos de seus pacientes. Segundo meu professor, ele disse: "Se o sujeito já consegue amar e trabalhar, se dê por curado".

Se Freud falou um monte de perversão e baboseira especulativa em muito de sua obra, nessa última declaração ele se salvou do enforcamento em praça pública.

As terapias servem para alguém abalizado nos dar alguma explicação sobre sentimentos aos quais não conseguimos dar nexo lógico, ou explicar por que sentimos. O terapeuta diz: é isso. E mesmo não estando curado, pensar que encontrou uma resposta para a teia em que se estava enganchado é um alívio para o indivíduo. É quase a cura.

Sim, porque a cura só trabalhando. E amando de novo.
Existe meia-cura?



Moral da História 1.: Psicólogo bom é aquele que resolve seus problemas de 22 anos em duas sessões. Mesmo que você tenha pago 160 reais por isso.

Moral da História 2.: Psicólogo bom é um bom cabelereiro e uma boa compra de roupa em vez de pagar 160 reais por 1 hora e meia de papo sem futuro.

Moral da História 3.: Não existe coerência no meu texto.

2 comentários:

disse...

Depois das duas primeiras premissas de "moral da história". Eu imaginei que a terceira fosse "não existe psicólogo bom".

Lini disse...

Eu não sou psicóloga, mas uma horinha de conversa no msn já resolve taaaanto problema, não é mesmo?