O que é liberdade? É ir para onde se quer, na hora em que se quer? É botar as malas nas mãos e sair solto pelo mundo, com o peito livre de qualquer um que pudesse prender com cobrança, dependência, saudades?
Ser livre é sinônimo de ser individual?
Pois é o que se propaga nas vozes e nos passos da maioria daqueles que dizem buscar a liberdade neste nosso mundo. A liberdade é viver só, solto.
Descubro aos poucos que a liberdade é criar raízes, prender-se. Por opção e não por falta dela. A liberdade não é poder ir a todos os cantos, por não saber aonde ir. Ela pode significar a permanência, nascer, crescer e morrer no mesmo lugar a vida inteira, porque se ama estar ali, com as mesmas companhias, as que trazem a felicidade.
Soube de um homem que, numa terra estrangeira, optou por ser taxista. Sua paixão era a leitura, ele amava os livros, e essa profissão lhe dava tempo para exercer a sua liberdade de ler mais. Sua casa era tomada por livros, que ele consumia com paixão, plantado naquela cadeira com asas que não eram de cera. Ele era taxista.
Precisamos nos libertar de paradigmas, de lugares-comuns; precisamos assumir nossas fraquezas, nossa incapacidade de compreender todas as coisas em sua totalidade.
Precisamos viver em busca daquilo que nos faz sorrir e ter coragem de levantar aquela bandeira, com nossa cara estampada.
O que buscamos? A liberdade em companhia. Assim como a felicidade, a liberdade só vale a pena se compartilhada.
Um comentário:
Precisamos mesmo? Ou isso é sarna pra se coçar?
Acho que nós, os inconformados, precisamos sim. Talvez nem por liberdade de escolha, mas justamente pela falta dela, não se sentindo confortável com as caras que temos nas mãos.
Mas pra quem aceitou os premoldados, esse vírus pode ser um pecado. Em buscas sem guia, é muito fácil se perder.
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