Aquele velhinho na foto, com a pele dobrada, os olhos dobrados, os cabelos brancos, os olhos marejados (provavelmente cataráticos)...
Aquele velho já foi um bebê, já balbuciou as mesmas coisas de todos os outros bebês. Ele já caiu durante uma brincadeira no quintal (naquela época não havia condomínios), ele já teve seu primeiro beijo, sua primeira namorada, sua primeira decepção.
Aquele velhinho já precisou ir à escola, sair para trabalhar, trabalhar para viver. Ele já casou (ou não), já viveu o que é o amor.
Aquele velhinho frágil ali na foto é o meu poeta preferido.
2 comentários:
Voltei por aqui :D
Como falou o Leminski.
"Ser poeta aos 16 é fácil, duro é ser poeta aos 80, como o Drummond e o Quintana"
que bonito. lembro dos meus velhinhos. :)
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